Monitores utilizados em computadores (máquinas automáticas para processamento de dados)
No nosso dia-a-dia é tão comum o uso de computadores que não nos damos conta da da utilização dos mesmos. Com o passar do tempo eles se tornaram peças corriqueiras dos nossos lares e locais de trabalho; hoje não concebemos como, durante tanto tempo, vivemos sem eles.
Enquanto os computadores são classificados na posição 8471 da NCM, suas partes estão alojadas na posição 8473. Contudo, embora os monitores sejam partes dos computadores, pois são dispositivos de saída (que com a advento de novas tecnologias, em alguns casos, já é também um dispositivo de entrada), eles não podem ser classificados na posição 8473.
Os monitores destinados exclusiva ou principalmente a uma máquina automática para processamento de dados da posição 8471 se classificam na posição 8528.
Esse grupo de monitores compreende os monitores de tubo catódico (agora em franca decadência) ou não catódico, como por exemplo, os de tela de cristal líquido que permitam a apresentação gráfica dos dados processados. Esses monitores distinguem-se de outros tipos de monitores (ver a nota em negrito logo aí embaixo) e dos receptores de televisão.
São típicos monitores de computadores:
1) Os monitores capazes de receber um sinal emanado unicamente de uma unidade central de processamento de uma máquina automática para processamento de dados e que, portanto, não são capazes de reproduzir uma imagem em cores a partir de um sinal de vídeo composto cujas ondas têm uma forma que corresponde a uma norma de difusão (NTSC, SECAM, PAL, D-MAC ou outra). Para esse efeito, são providos de conectores característicos dos sistemas para processamento de dados (por exemplo, interface RS-232C, conectores DIN ou SUB-D) e não são equipados com circuitos de áudio. São comandados por adaptadores especiais (adaptadores monocromáticos ou gráficos, por exemplo) que são integrados na unidade central da máquina automática para processamento de dados.
2) Os monitores de tubo catódico (CRT) cujo espaçamento entre pontos começa em 0,41 mm, para uma resolução média, e diminui à medida que a resolução aumenta.
3) Os monitores de tubo catódico (CRT) que, a fim de apresentar imagens de pequenas dimensões, mas de alta definição, se caracterizam por uma dimensão dos pontos (pixels) na tela (écran) menor e uma convergência maior do que nos monitores descritos na parte B), abaixo, e nos receptores de televisão (convergência é a capacidade do ou dos canhões de elétrons de excitar um único ponto da superfície da tela catódica sem excitar os pontos adjacentes).
4) Os monitores de tubo catódico (CRT) cuja freqüência de vídeo (largura de banda), que é a medida que determina quantos pontos podem ser transmitidos por segundo para formar a imagem, é geralmente de 15 MHz ou mais, enquanto que nos monitores descritos na nota em negrito logo aí abaixo, a largura de banda não ultrapassa geralmente os 6 MHz. A freqüência de varredura horizontal destes monitores varia em função das normas utilizadas para diferentes modos de visualização, e vai, geralmente, de 15 kHz a mais de 155 kHz. Muitos destes monitores podem funcionar com múltiplas freqüências de varredura horizontal. A freqüência de varredura horizontal dos monitores descritos na nota em negrito é fixa, geralmente da ordem de 15,6 ou 15,7 kHz, de acordo com a norma de televisão utilizada. Por outro lado, os monitores de máquinas automáticas para processamento de dados não funcionam de acordo com as normas de freqüência internacionais ou nacionais adotadas em matéria de difusão pública ou de acordo com as normas de freqüência adotadas para a televisão em circuito fechado.
Os monitores deste grupo caracterizam-se por uma fraca emissão de campo eletromagnético e compreendem freqüentemente mecanismos de regulagem de inclinação e de rotação, de telas (écrans) anti-reflexo, sem cintilação, bem como de outras características ergonômicas de concepção destinadas a permitir ao operador trabalhar sem fadiga durante longos períodos na sua proximidade.
5) Os monitores de tela plana como os de cristais líquido (LCD) para uso exclusivo em computadores.
Nota: Outros monitores que não os destinados exclusiva ou
principalmente a uma máquina automática para processamento de
dados da posição 8471.
Este grupo compreende os monitores que são receptores ligados diretamente por cabos coaxiais à câmera de vídeo ou ao aparelho de videocassete, nos quais tenham sido suprimidos todos os circuitos de radiofreqüência. Apresentam-se como aparelhos de uso profissional utilizados em centros de controle de estações de televisão ou na televisão em circuito fechado (aeroportos, estações ferroviárias, fábricas, salas de cirurgia, etc.). Estes aparelhos consistem essencialmente em dispositivos que permitem criar e defletir um ponto luminoso na tela, em sincronismo com os sinais da fonte, e de um ou vários amplificadores de vídeo, que permitem variar a intensidade do ponto luminoso. Podem, além disso, ter entradas separadas para vermelho (R), verde (G) e azul (B) ou codificadas de acordo com qualquer norma (NTSC, SECAM, PAL, D-MAC ou outra). Para a recepção de sinais codificados, o monitor deve estar equipado para decodificação (separação) dos sinais R, G e B. O meio normalmente utilizado para a reconstituição da imagem é o tubo catódico para visão direta ou o projetor de três tubos de raios catódicos, mas existem monitores que utilizam outros meios para chegar ao mesmo objetivo (tela de cristais líquidos, difração de raios luminosos numa película de óleo, por exemplo). Estes monitores podem ser de tubos de raios catódicos ou de tela plana, como os de cristais líquidos (LCD), de diodos eletroluminescentes (LED), de plasma.
Cesar Olivier Dalston, www.dalston.com.br. Fonte: NESH.