Definir uma mercadoria ou um serviço é a maneira correta de começar a classificação dos mesmos?
Outro dia, em sala de
aula, perguntei aos treinandos, eles e elas “classificadores calejados”, como
deveríamos começar a classificar um serviço. Como resposta recebi: “da mesma
maneira como fazemos para classificar uma mercadoria: começamos pela definição
do serviço”.
Este visão merece reparos,
pois devemos começar a classificação de serviços pela caracterização dos mesmos
(o mesmo se aplica às mercadorias). Tal ocorre porque temos a obrigação,
conosco e com o planeta, de poupar tempo e o dinheiro. OK? Não? Então vamos lá.
Enquanto definir alguma
coisa é explicar essa coisa com precisão, caracterizar algo é distinguir esse
algo das demais coisas. Ora, como você pode inferir de imediato, definir uma
coisa é muito mais trabalhoso do que distingui-la das demais coisas.
Em consequência, por exemplo,
definir um microfone ou um sofá ou ainda um terno dá muito mais trabalho (o que
é um microfone?, o que é um sofá?, ou o que é um terno?), nem sempre com
sucesso garantido, do que simplesmente dizer que determinado tipo de microfone
tem essa e aquela características. E mais, quando se define algo gasta-se muito
mais tempo e esforço, o que se traduz facilmente em “dinheiro”.
E por isso? Porque na
classificação de mercadorias a disposição das mesmas é feita pelas suas
características e não pela sua própria natureza. Tal ocorre porque são as
características da mercadoria que nos levam a adquiri-la (ou sonhar em
adquiri-la). Fazendo as devidas alterações, o mesmo se aplica na classificação
de serviços.
Forte abraço para todos e
um grande fim de semana.
Cesar Olivier Dalston, www.dalston.com.br ou www.dalston.com.br.