Conversores elétricos estáticos

Estes equipamentos servem para converter a energia elétrica a fim de adaptá-la a utilizações específicas posteriores.

Além dos elementos conversores de diferentes tipos, os aparelhos do presente grupo podem possuir dispositivos auxiliares (transformadores, bobinas de indução, resistências e reguladores, por exemplo).

O seu funcionamento é assegurado pelo fato dos dispositivos conversores agirem alternadamente como condutor e não-condutor.

Por outro lado, o fato destes aparelhos incorporarem freqüentemente dispositivos para regular a tensão ou a corrente de saída não modifica sua classificação, embora em alguns casos o aparelho seja denominado “regulador” de tensão ou de corrente. Este grupo compreende:

A) Os retificadores, que permitem transformar uma corrente alternada mono ou polifásica em corrente contínua, geralmente com modificação simultânea da tensão.

B) Os onduladores (inversores) que permitem transformar uma corrente contínua em corrente alternada.

C) Os conversores de corrente alternada e os conversores de freqüência, que permitem transformar uma corrente alternada mono ou polifásica em corrente alternada de freqüência ou tensão diferentes.

D) Os conversores de corrente contínua, que permitem transformar uma corrente contínua em corrente contínua de tensão ou de polaridade diferentes.

Segundo o tipo de dispositivo de semicondutor com que são equipados, podem distinguir-se especialmente:

1) Os conversores de semicondutor, que se baseiam na condutibilidade unidirecional de alguns cristais. Estes conversores consistem em um conjunto de semicondutores como elemento conversor e em dispositivos auxiliares (arrefecedores, tiras condutoras, regulador, circuito de comando, por exemplo). Entre estes aparelhos, podem citar-se: a) os retificadores de semicondutor monocristalino, que utilizam como elemento conversor um elemento de cristal de silício ou de germânio (diodo, tiristor, transistor); b) os retificadores de semicondutor policristalino, que utilizam como elemento retificador uma placa de selênio.

2) Os conversores de descarga em gás, tais como: a) os retificadores de vapor de mercúrio. O seu elemento conversor consiste em uma ampola de vidro, ou em uma cuba de metal com atmosfera rarefeita, que contêm um catodo de mercúrio e um ou mais anodos, por onde passa a corrente a ser retificada. Estes retificadores são providos de dispositivos auxiliares, por exemplo para iniciar o arranque, a excitação, o arrefecimento e eventualmente manter o vácuo. Conforme o mecanismo de arranque, distinguem-se os “excitrons” (de anodos de excitação) e os “ignitrons” (de pontos de arranque); b) os retificadores termoiônicos ou de catodo de incandescência. O seu elemento conversor (tiratron, por exemplo) tem uma construção semelhante à dos retificadores de vapor de mercúrio com a diferença, todavia, de possuir um catodo de incandescência em vez de um catodo de mercúrio.

3) Os conversores com elemento conversor mecânico, que se baseiam na condutibilidade unidirecional dos contatos entre certos corpos. Entre estes, podem citar-se: a) os retificadores de contatos (por meio de árvores de cames, por exemplo), nos quais um dispositivo de contatos metálicos se abre e se fecha em sincronização com a freqüência da corrente alternada a retificar; b) os retificadores de turbina de jato de mercúrio, nos quais um jato de mercúrio, em rotação sincronizada com a freqüência da corrente alternada, se lança contra um contato fixo; c) os retificadores de vibradores, nos quais uma lâmina metálica oscilando na freqüência da corrente alternada, toca um contato lateral fixo.

4) Os retificadores eletrolíticos, baseados no princípio segundo o qual a combinação de certos corpos utilizados como eletrodos com certas soluções utilizadas como eletrólito, deixa passar a corrente apenas em um sentido.

Os conversores estáticos se classificam na subposição 8504.40.

Cesar Olivier Dalston, www.dalston.com.br. Fonte: NESH, com adaptações.